Talvez, já na semana que vem.
Em homenagem ao lançamento do iPhone 5 e à obsolescência programada, segue uma lista de coisas que adoramos e sem as quais achamos que não poderemos viver no futuro, mas que provavelmente só nos farão rir delas e de nós mesmos.
Calça saruel: tá, vou ser honesto. Dessa, já dá para rir bastante hoje (assim como dos "tênis sneakers" e do cabelo do Neymar), mas não quis ser indelicado com a mulherada que curte o visual "tô cagada?".
Peito de silicone: não devemos esquecer que as gordinhas já foram uma unanimidade e as esquálidas, outra. Alguém acha que um dia não vamos rir das "mulheres que enxertavam bolas de borracha para parecer mais sexy"?
Facebook: não tem jeito. Por mais revolucionária que uma rede social seja, um dia ela cai em desuso e no ridículo. Não podemos esquecer que é só um site, ainda que se venda como algo "muito maior" e que os incautos tenham dado bilhões de dólares para algo tão pouco palpável. Antes eles do que eu.
Twitter: é quase a mesma história, só que mais tosco e parece ter menos capacidade de renovação do que o falecido Orkut.
Espelho antiembaçante: basta ter tido um na vida para saber que não funciona. Espero que um dia parem de vendê-los, ou assumam que a única diferença dele para um espelho convencional é que ele é pior, com plástico no lugar do vidro, assim como o entorno, evitando que ele enferruje ou que mofe com facilidade.
Carros envelopados: eu admito que eu até acho legal fugir da onda do carro sem cor, com pintura em tom metalizado e brilhante, mas tem muita cara de "ideia" que vai ficar no passado e aparecer em fotos em preto e branco (no caso, fotos antigas em duas dimensões, mas digitalizadas).
DVD: gravável, inclusive. Teve uma vida mais longa, mas já está a caminho de cair no ostracismo (um pouco menos no constrangimento) dos discos laser e dos CDs, que um dia ainda serão cultuados como os discos de vinil são hoje.
Pen drive: é o novo disquete, brinde em qualquer evento. Legal, mas é muito fácil imaginar que oito ou 16 gigabytes daqui a alguns anos serão ridículos, assim como espaço limitado em HDs. Também já a caminho.
BBB: todo mundo xinga, mas (quase) todo mundo assiste, parece algo irresistível à nossa cultura contemporânea. Mas passa. Com a graça de Deus.
Blog: "Uau! É sério que algum dia alguém achou interessante ler bobagens que desconhecidos escreviam diariamente para parecer inteligentes e descolados?!"
Rio+20: essa já foi esquecida, e nem dá para rir muito. Mas um dia havemos de achar graça na ingenuidade de homens ao acharem que podiam mudar a cabeça de outros homens mais poderosos, para entenderem que a Terra tem um limite.
O Brasil ter pensado em realizar uma Copa do Mundo: vai demorar, mas vamos superar isso, além da esperança de um hexacampeonato conquistado dentro do país.
E o Rio, uma Olimpíada: quando o estado do Rio tiver algum governo sério, conversamos.
De os jornais escreverem e jornalistas falarem "paralimpíadas": é uma esperança, tal como a que resiste pelo fim das reformas ortográficas infelizes.
Número do portão impresso no cartão de embarque de voos no Brasil: nesse, ninguém acredita mais. Só falta aprendermos a rir.
Que um dia acreditamos em companhias aéreas "low fare low cost" no Brasil: assim como acreditamos um dia que faria sentido um metrô chegar ao aeroporto em qualquer grande cidade brasileira, ou que o Brasil um dia teria educação, saúde e transporte público decentes.
E coisas das quais jamais iremos rir:
Pac-man, Tetris, Angry Birds, iPad, iPhone, Super Mario, fusca, disco de vinil, walkman, fita cassete, VHS, termos eleito o Collor e a dificuldade de encontrar políticos honestos no Brasil.
Outras de tecnologia:
A vida vista pelo Instagram
Tecnologia para Leigos
Operadoras de telefonia celular conseguem, enfim, implementar bug do milênio com 9º dígito em SP
Mais saudosismo aqui:
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Pai, o que é camisinha?
Saudade da época em que as empresas...
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