Imagem: earlychildcare.ca |
-Tá louca, Catarina?! É o nome da chanceler alemã, já consigo ver os comentaristas políticos interpretando "o que essa escolha significa"...
-Maldita imprensa. Eu gosto de Elisa, mas sua avó ficaria ofendidíssima se usássemos o nome dela pela metade.
-Eu queria romper um pouco com as tradições. Pensei num nome mais latino, tipo Cristina.
-Enlouqueceu, Guilherme?! Se dermos o nome dessa louca que quer pegar as ilhas da sua família de volta, vou ter que passar o resto da vida lustrando a prataria daquele castelo!
-Fora que é capaz de os malvinenses pedirem cidadania argentina só de vingança...
-Não me olhe assim! Diana está fora de cogitação!
-Mamãe ia gostar tanto...
-É, mas basta o tanto que já me compararam a ela quando a gente começou a namorar. Só o que me faltava agora era dizerem que eu quero ser a mãe da minha sogra. Já te falei para procurar a análise para resolver isso. Se você insistir nessa história, eu batizo essa criança de Camila.
-Não! Nem pensar nisso, Catarina! E se pensássemos em uns nomes diferentes, tipo Hashtag, Hakuna Matata, Carpe Diem, Shiloh, Fuleco, Mad Max, Lennon?
-Você está achando que eu sou a Angelina Jolie?
-É, não. Não é mesmo...
-Como assim, "não é mesmo"?!
-Ah, deixa para lá. Eu gosto de Carla.
-Eu bem sei, mas nunca engoli direito essa sua admiração pela mulher daquele baixinho francês, nem essa fixação da sua família em querer competir com os franceses em tudo.
-Ai, Catarina, deixa de bobagem. Você sabe que, para nós, a França nem existe.
-Tá, tá. E se for menino? Essa coisa de sexualidade está tão moderna, que ele, ou ela, vai acabar resolvendo mesmo depois que crescer.
-Pensei em Carlos, mas você tem essa implicância com o meu pai...
-Não vamos mais falar disso, Guilherme. Você sabe que ele não foi nada legal com a sua mãe! Além do mais, esse nome não dá sorte. Seu pai está esperando há quase 70 anos para virar rei, e nada.
-Tá, deixa para lá. Olha, se colocarmos o nome de Psy, as casas de apostas estão pagando cinco mil para um...
-Você não apostou com o nome do nosso filho, apostou, Guilherme?!
-É... Claro que não, meu amor!
-Que bom, porque acho que você também não ia gostar se o moleque nascesse com cara de coreano.
-É, não.
-Bem, eu fui a uma numeróloga, e ela sugeriu Jorge.
-Legal! É o nome de um cara que faz um blog ótimo de humor no Brasil!
-É, e é o nome do seu bisavô também.
-Ah, é verdade! Fechado. Vai ser Jorge! Pelo menos, é melhor do que Vladimir. Melhor ainda: vai ser Jorge Alexandre Luís, nome de jogador de futebol brasileiro. Assim, ele tem três opções para escolher qual usar quando crescer.
*Baseado em sugestão da leitora e amiga Flavia Bohone. Com meus sinceros agradecimentos à família real britânica pela homenagem. Caso não tenha entendido, clique aqui.
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