quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ter os pais no Facebook é...

Em homenagem ao Dia dos Pais...

Imagem: it.123rf.com
Receber "Curtir" e comentários em todos seus posts assim que são publicados.
Receber "Curtir" nos posts que você postou e apagou na sequência.
Ser marcado(a) em fotos das quais você nem se lembrava mais (ou gostaria), nas horas mais impróprias, e só conseguir desmarcar no fim do dia.
Ler comentários elogiosos, e constrangedores, em qualquer foto sua que for publicada.
Receber comentários em posts de três meses atrás e ter certeza de que a sua timeline está sendo investigada.
Descobrir que só eles curtem ou compartilham certas coisas que você escreve.
Descobrir que nem eles curtem ou compartilham certas coisas que você escreve.
Ler comentários de apoio do tipo "concordo", "tem todo meu apoio" em posts em que você tenta ser irônico(a).
Voltar a se sentir com 13 anos de idade.
Atender a pedidos de "não entendi, me explica" para cada gracinha que você posta para os seus amigos.
Ver seu apelido de infância exposto, no estilo "isso mesmo, Pitchuquinho!", num post em que você colocava para fora todas suas convicções ideológicas, mostrando indignação por algum assunto sério e profundo do cenário político nacional e internacional, tendo tido cuidado até de revisar o texto antes de enviar.
Receber esse comentário fofo no meio da timeline no meio do dia, quando você está na rua e não consegue apagar nessa porcaria de 3G do celular.
Saber que, quando você conseguir alcançar um computador, já terá 56 "Curtir" dos seus debochados amigos para este comentário.
Receber todos os tipos de correntes possíveis, algumas que circulam há 20 anos, com promessas de que algo incrível acontecerá se você repassá-la a 20 amigos.
Ser marcado(a) em mensagens de autoajuda, frases "do Veríssimo", "do Jabor" e "da Clarice" com cara de PowerPoint.
Ver sua mãe "curtindo" posts do Luciano Huck.
Voltar a se sentir o adolescente que pede para o pai/a mãe parar o carro a duas quadras da escola.
Perceber o quão idiota você era na adolescência.
Ter que discutir a relação com os seus pais depois de velho(a) e explicar que eles não precisam comentar tudo o que você posta, nem ficar ofendidos quando você fala isso, pois você ainda os ama.
Ter que explicar a diferença entre mandar uma mensagem e escrever algo no mural. Toda semana.
Desistir de reclamar disso tudo, porque, afinal, você não tem mais idade para isso e não quer magoar os velhos.
Morrer de saudades quando eles param de te marcar, comentar e curtir tudo o que você posta.

*Com colaborações das amigas e leitoras (?) Juliana Rangel, Fabiana Futema e Belle Vieira.

Outras homenagens:
No Dia Internacional da Mulher, muito obrigado, Buscopan!
Viva o Dia das Crianças!
Feliz Dia dos Irmãos!
Dia de Jornalista
Feliz Dia dos Pais
Feliz Dia do Rock(y)
Dia do Amigo
Homenagem para o Dia das Mães
Para o Dia dos Namorados
Tecnologia para Leigos

2 comentários:

  1. É mesmo. Gostei muito da sua abordagem ao aspecto comportamental e social desta "nova" forma de comunicar que se espalhou por toda a parte.

    Meu facebook é apenas uma actividade ligeira mais para diversão do que para socialização. Estou pouco me importando para o lado social e o status de amizades nele. Não uso fotos, não vejo necessidade. Não o uso para contactar conhecidos ou ter conversas com eles, meu chat está sempre off. Falo do que me apetece, com quem me apetece, sem condicionantes ou receios. Sei que por vezes tem aquele familiar que faz tracking das actividades do teu perfil. Familia gosta de se armar em policia do facebook, né? Geralmente nem comento os posts de familiares pq sei que a maioria é dirigida a todos menos a quem é da familia. E até é melhor, porque por vezes nós que conhecemos a pessoa tão bem, percebemos que é só patuscada que está ali a ser publicado :)

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    1. Obrigado, mais uma vez. Concordo em gênero, número e grau contigo, como dizemos por aqui. Abraço

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